Pra quem eu considerava não amar tanto, ele até que fez um estrago enorme. Mas volto a dizer, que nesse coração, onde prevalece uma luta constante em não deixar ninguém entrar, onde o medo de quebrar a cara impede que eu me entregue a qualquer uma dessas paixões que pintam vez em quando e de onde vem todo o orgulho que me afasta dos infortúnios, mas que também me mantém distante do que procuro alcançar – esse coração espera um dia encontrar um motivo pra nascer e crescer de novo.
Estou sempre largada, redimida e partida em pedaços, deve ser coisa de dentro da minha cabeça achar que vivo abandonada num canto imundo, abraçada a própria solidão. E a que ponto de clichês chego em dizer que ela, Solidão, foi, se não, minha melhor companhia? Pelo menos hoje, que não estou esperando nada nem ninguém, me deixo levar pela saudade que certas pessoas e situações me fazem sentir. Muitas vezes por aquilo que foram ou deixaram de ser, não importa, o fato é que eu gosto de lembrar dele. Ele, que daquele jeito despreocupado e cheio de imperfeições me mostrou que não adianta bancar a distante, coração nenhum permanece fechado pra sempre.
É, mas nem gosto mais de ficar batendo na mesma tecla, escrevendo sempre sobre a mesma pessoa, as mesmas razões, só porque o nosso amor perdeu a noção, saiu do limite que foi imposto por nós mesmos. Não gosto de sentir esse gosto seco na garganta que parece algo como vontade, sei lá, arrependimento?  Eu não sei o que mais me dói, se é esse desejo de fazer de novo o que é proibido ou o que meu coração determinou ser errado. Nem mesmo sei dizer o que aconteceu, mas tenho plena certeza de que o que mais sinto falta é do que ele sempre foi, sem dúvidas uma companhia melhor do que a solidão que tenho agora. 

É impressionante como textos tristes conseguem ser bonitos. E mais impressionante ainda é a sua capacidade de escrever tão, mas tão bem, que a minha vontade é de mandar o meu blog para os ares, só de inveja. Parabéns flor, que você continue se superando em seus textos que estão cada vez melhores. Te amo! :*
ResponderExcluirRealmente, concordo com matilda, e cara, torno a repetir o quanto tu escreve bem. Boto fé.
ResponderExcluirNunca vi uma palavra tua que não fosse uma confissão de amor.
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