Devo dizer que eu não esperava e muito menos tinha a intenção de voltar a escrever pra alguém tão cedo. Peço desculpas por ser assim tão repentina, mas é que nunca fui de controlar meus impulsos. Sei que isso pode assustá-lo ou até mesmo criar uma impressão errada, mas eu precisava vir correndo pra casa e achar uma maneira de agradecer. Não sei quando vamos nos ver de novo, espero que em breve. Fazia tanto tempo que eu não me divertia com alguém. Vendo desse jeito parece que estou maluca, que acabei de virar alguns copos de bebida, só que pelo contrário. Eu poderia até tentar, pra ver se me dava coragem, porque empolgação não me falta. A vontade que tenho é de ir bater na sua porta e levar aquele vinho que você gostou naquela última noite. Pode parecer entranho o quanto for, mas gostaria que soubesse do bem que me fez, da vitalidade que vem me trazendo sua companhia. Coisa da minha imaginação? Pode até ser, mas não me importo nada, nadinha. Não me importo se não é assim com você, não me importo se você é dono de um jeito fechado e um comportamento tanto fascinante quanto misterioso. Não quero aproximação corriqueira e alas abertas pra decepção. Quero continuidade, quero nossas intimidades se tocando. Julgamentos? Fodam-se os julgamentos. Quero sentimento deslumbrado. A surpresa de um encontro e a espera de um novo dia. Quero respiração acelerada e camas bagunçadas. Demonstrações indiscretas de ciúme desesperado e desalento por não saber lidar com seu pouco caso. É isso que você me faz, menino bobo. Mas eu gosto. É bom ter essa insensatez, essa vontade solta de viver outra vez. Eu gosto de me sentir esse poço de mau caminho, e você, de ir fundo nele. É por isso que me sinto no dever ridículo de agradecer. Eu deveria? Soa mais como um pedido para que você não se perca. E se for se perder, que não seja de mim. Se for se perder, que seja comigo, que fique claro. 
é pra mim eu sei [x]. heiuheuiheu, ótimo texto florzinha, como sempre. :)
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